sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Seria Tempo…

… mas sinceramente duvido que cheguem a tempo na quantidade e coragem suficientes, que fossem desenvolvidas acções consequentes de resistência ao que vai corroendo lentamente, quase até ao tutano, a confiança nas escolas.
  • Era tempo da(o)s director(a)es perceberem que faria muito bem reunirem-se com os seus corpos docentes e ouvirem-nos sem ser pelo funil dos Pedagógicos, onde meia dúzia de pessoas transmitem uma parcela do que se sente pelas salas de professores e corredores. E, conforme o(s) directore(a)s se sintam representantes do ME nas escolas ou dos professores e outros agentes educativos, tomarem atitudes em consonância com o que ouvissem.
  • Era ainda tempo que os relatores, em especial os que se sentem incomodados com o que se passa, não o expressassem apenas nos intervalos ou em comentários inconsequentes. Que se reunissem e, em vez de andarem em busca de soluções para fazer o que lhes mandam, decidirem em conjunto o que não aceitam fazer. Há sempre o argumento, compreensível mas timorato, de que só em grupo é impossível e que isoladamente é um risco desnecessário. Pois, então reúnam-se ou comecem pelo segundo ou terceiro e não pelo primeiro.
Há ainda aquela velha posição – que foi muito comum durante a implementação do modelo de gestão – de que antes eu do que outro pior do que eu. Para além do mal disfarçado auto-elogio de carácter, competência e compaixão, há a evidência de que, no passado recente, quem assim agiu raramente mudou grande coisa e apenas permitiu a implementação do que criticava.
Para além de que, se há tanta gente má para os substituir, então talvez as unidades de mão no ar valessem apenas isso mesmo.
Como há uns dias tive o prazer de dizer a um colega que se queixava do ambiente algo caótico nos intervalos e corredores, quando se vai a caminho da aula ou nos seus primeiros momentos, quem nada faz quando pode, talvez também fique melhor a reflectir e falar sozinho, quando o caminho se tornou irreversível.

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"Todos os homens que foram valiosos em alguma coisa puseram a ênfase na sua própria educação";
Walter Scott